Não me sinto poeta,
nunca aceitei de bom grado tal alcunha.
Não tenho o comprometimento necessário
com
a poesia.
Eu instrumentalizo o poema
para meus fins.
Não é maldade,
nem bondade.
Preciso disso para
sobreviver.
Regurgitar em algum canto
a realidade
a fumaça
os sonhos
que me adentram no dia-a-dia.
É como a bebedeira e a limpeza vindoura
do corpo.
É a necessidade de esvaziar,
como a necessidade do sexo,
da emoção e da realidade.
É o soco na cara de mim mesmo.
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