20140907
Samba sem cadência
Do amor ao soul,
em que brindamos com Tim,
um amor em samba antigo,
do tipo calmo e dengoso,
no nosso tempo, nossos risos,
também angústias e incertezas.
Foi o samba, sim,
palco de toda volúpia,
como a rua
e toda a boemia da noite,
motivo para mais outro dia.
Talvez não estivesse preparado
ou aquela dança não fosse minha;
que não sei sambar não é coisa nova
e que mexo as pernas conforme o som pede...
Mas acho que aquele samba,
naquela época, não era nosso
e o pisar em dedos cansou os pés.
E os passos mudaram de ritmo
e de direção com o tempo.
Quando perdemos a cadência
já não adiantava dançar
sem lá dentro a música tocar.
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