20131024

Madrugada

Em hora:
Coração. Dor. Fumaça.
Tudo aquilo que podia deixar de acreditar, está.
Tanto o sino,
ou o alarme.
Dentro da cabeça um só fio se desenrola na navalha em busca de...
quê?
Quê
sentimento de pensar-se cheio. Antes pleno.
Mas são passos obtusos o delinear da vida,
circunscrita à escrita de si, daquilo que se vê.
Falso ou
tarde?

Café. Xilocaína. Nascimento. Apneia. Pulsão. Brisa.

E todos os projetos de vida largados no chão do quarto, entre roupas e textos e sonhos e sexos...
Donde encontrar aquilo que explícito?
Mal se espera, queda. E desperta.
São horas de viagens em sonhos interrompidos,
do que não se deixou nascer.
Tudo tanto que: não.

Disto,
desenrola-se o dia, a noite, o mês e aquilo que não pode ser dito.
Nisto,
o universo em sua pequenez de meus pés, de meus pulos, vou e volto.
O tempo como espaço parado a 5 minutos por respiro.
Intocável.
Não me percebo, caio.
Agarro a corda, mas deixo.
O não-estar domina...
Acordo.

Um comentário: