20150518
de sopetão
Como controlar as inspirações
que traz a madrugada?
Não fossem as noites tão
escuras e frias, Carlos,
quiçá menos paixões.
Escrever em palavras e costas
do outro,
enquanto escorre-se vontade
pela boca, mãos e
tinta
tingindo o caminho a trafegar em
quarenta e cinco minutos
que separam anos
em céus, mar e rio.
Ao menos, é, tudo isto,
ins
piração.
20150512
20150511
de águas profundas
o desespero,
assim como a paixão,
é proporcional ao quanto de si
você mergulha em suas águas
tempestuosas.
ao passo que você se joga,
bate os braços
tentando sobreviver;
se acostuma com a situação e
nega a antiga normalidade.
20150505
das necessidades agora
Necessidades gritam, esbravejam e balançam,
internas em nós,
cedo ou tarde,
nos fazendo tremer calcanhares
e joelhos que já não aguentam a dor.
Não é mais possível fingir
orgulho
daqueles papéis impressos,
emoldurados e
pendurados em folhas grossas nas paredes.
Os pés já buscam cavar pegadas
na vontade de correr,
que mesmo parados
vão fazendo buracos
enterrando o corpo,
tal qual ficar inerte na maré que puxa.
É tempo de dar-se um tempo.
É tempo de encarar horizontes
e desapegar do umbigo.
É tempo de correr a pena no
calcar dos papéis dispostos sobre a mesa.
Eu tinha um futuro quando era novo -
escrever milhares de linhas,
ser lido, ser visto,
defender o povo,
ser entrevistado pelo Abu -,
mas não sou mais.
Não posso mais.
Necessidades antigas
que gritam comigo
sempre presentes
sempre buscando espaços.
Onde enterrei meus sonhos?
Qual o lado da vida eu não teria entendido?
Sei que os dias permanecem
e o que fazemos deles é
totalmente
culpa nossa.
Por isto mesmo
agora é a hora,
"uma vez é nunca",
agora precisamos recuperar as esperanças
e as vontades desintencionadas
e as ações que buscam apenas recuperar
o próprio segundo.
Repete isto para si:
agora é a hora.
Repete e relembra de quem
não fez a hora,
de quem não sacrificou os deveres,
de quem viu tempo e sangue passar.
Repete
mas faça.
internas em nós,
cedo ou tarde,
nos fazendo tremer calcanhares
e joelhos que já não aguentam a dor.
Não é mais possível fingir
orgulho
daqueles papéis impressos,
emoldurados e
pendurados em folhas grossas nas paredes.
Os pés já buscam cavar pegadas
na vontade de correr,
que mesmo parados
vão fazendo buracos
enterrando o corpo,
tal qual ficar inerte na maré que puxa.
É tempo de dar-se um tempo.
É tempo de encarar horizontes
e desapegar do umbigo.
É tempo de correr a pena no
calcar dos papéis dispostos sobre a mesa.
Eu tinha um futuro quando era novo -
escrever milhares de linhas,
ser lido, ser visto,
defender o povo,
ser entrevistado pelo Abu -,
mas não sou mais.
Não posso mais.
Necessidades antigas
que gritam comigo
sempre presentes
sempre buscando espaços.
Onde enterrei meus sonhos?
Qual o lado da vida eu não teria entendido?
Sei que os dias permanecem
e o que fazemos deles é
totalmente
culpa nossa.
Por isto mesmo
agora é a hora,
"uma vez é nunca",
agora precisamos recuperar as esperanças
e as vontades desintencionadas
e as ações que buscam apenas recuperar
o próprio segundo.
Repete isto para si:
agora é a hora.
Repete e relembra de quem
não fez a hora,
de quem não sacrificou os deveres,
de quem viu tempo e sangue passar.
Repete
mas faça.
Assinar:
Postagens (Atom)