20150406

de dias re-sentidos

da primeira vez que partiu
foi sem aviso, sem sono,
sem dormir e sem despedida.
e quando voltou, não era aquela.
de portas e vistas fechadas,
mãos dadas e coração ocupado.

quando já retornou, mais leve,
havia buraco do peito,
ferida e descaso na alma.
nas manhãs dominicais, o gosto
e o grude da pele no corpo
ansiavam o querer do coração.

vestido de amores vagabundos
debrucei-me no incerto futuro
esquecido de possíveis triunfos.
tocamos o improvável, o distante,
e desenhamos pegadas antigas
que enraízam novos floresceres.

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