20150303

do ar-dor.

Daquele dia primeiro em sua casa, 
lembra?
De tudo o que andei, 
daquilo que fugi,
do taxista me largando em
lugar qualquer que eu
não sabia o que fazer.

E de eu não conseguir dormir depois de escovar os dentes e sem um carinho aconchegado.

Dos fins de semana posteriores
que acompanharam o crescimento.
Dos nossos amigos perguntando
quê era tudo isso.
Você não sabia responder e
eu não me preocupava e 
ria.

Fato é que ainda não me preocupo e talvez isto seja coisa que devesse me preocupar.

Toda amolação e toda briga que vinham
de surpresa pra lembrar que
não é tudo paraíso.
E toda nossa amizade que nos
mantinha
afastava e
trazia de volta.

Seria tudo isto o nosso tempo
necessário.
Sempre penso que nosso tempo
vem antes;
vem de 
antes.
Junto com amadurecimento, 
conhecimento e experiencia.

Tudo o que trazemos em nossas costas foi sempre para fruir o outro, mas não temos caminho desenhado para percorrer. Ou será que negamos o caminho?

Inventando pegadas, 
somos isto que somos.
A soma de todas estas mudanças
e de todos estes momentos.

Ainda que a sintonia do rádio
nem sempre seja a mesma
de nossos corações
Que saibamos a batida que
nos toca e nos faz dançar.




Um comentário:

  1. E ainda que essa dança seja toda torta e desengonçada, não deixa de fazer dançar.

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