Daquele dia primeiro em sua casa,
lembra?
De tudo o que andei,
daquilo que fugi,
do taxista me largando em
lugar qualquer que eu
não sabia o que fazer.
E de eu não conseguir dormir depois de escovar os dentes e sem um carinho aconchegado.
Dos fins de semana posteriores
que acompanharam o crescimento.
Dos nossos amigos perguntando
quê era tudo isso.
Você não sabia responder e
eu não me preocupava e
ria.
Fato é que ainda não me preocupo e talvez isto seja coisa que devesse me preocupar.
Toda amolação e toda briga que vinham
de surpresa pra lembrar que
não é tudo paraíso.
E toda nossa amizade que nos
mantinha
afastava e
trazia de volta.
Seria tudo isto o nosso tempo
necessário.
Sempre penso que nosso tempo
vem antes;
vem de
antes.
Junto com amadurecimento,
conhecimento e experiencia.
Tudo o que trazemos em nossas costas foi sempre para fruir o outro, mas não temos caminho desenhado para percorrer. Ou será que negamos o caminho?
Inventando pegadas,
somos isto que somos.
A soma de todas estas mudanças
e de todos estes momentos.
Ainda que a sintonia do rádio
nem sempre seja a mesma
de nossos corações
Que saibamos a batida que
nos toca e nos faz dançar.
E ainda que essa dança seja toda torta e desengonçada, não deixa de fazer dançar.
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